23 agosto, 2012

O servidor do INCA é quem decide, ninguém mais


O direito de greve é assegurado pela Constituição ao servidor público e a qualquer trabalhador. Cabe a cada categoria se manifestar, procurando afetar o menos possível os direitos daqueles para os quais o servidor público exerce suas funções – a população. Justamente por isso, há o entendimento consagrado, dos meios jurídicos aos sindicais de que serviços essenciais devem ser preservados.

O blog Servidor INCA entende que, como os demais colegas da carreira de Ciência & Tecnologia, o trabalhador do Instituto deve lutar pela reposição das perdas salariais provocadas pela inflação, além de manutenção de direitos frequentemente ameaçados.  Mas direta ou indiretamente, o servidor do INCA lida com a vida e em casos extremos, para usarmos uma expressão técnica, a “qualidade de morte” de pacientes, e na repercussão sobre suas famílias.

É preciso lutar pelos próprios direitos. Mas é preciso encontrar formas diferenciadas, mais inteligentes, de mobilização. Por exemplo, apoiando os colegas em greve, manifestando-se em massa nas mídias sociais, tentando furar o bloqueio da grande mídia, obtendo o apoio dos pacientes, demonstrando a eles e a todos as reais condições de trabalho e tentativas de privatização de saúde pública, disfarçados de gerenciamentos empresarias.

Assim, a questionada atual direção da Afinca erra ao pôr uma faixa em praça pública “informando” que servidor do INCA encontra-se em “estado de greve” (algo desconhecido de 99,9% dos servidores da instituição), depois de decisão sugerida em uma assembleia esvaziada, realizada em hora e dia impróprios que garantiu esse esvaziamento. O servidor deve ser informado e consultado, por todos os meios possíveis, por seus representantes para que só então uma decisão coletiva seja tomada.

E isso pelo bem do servidor e de seu patrimônio maior: o respeito e apoio da população.
Esta é a opinião do blog Servidor INCA.